segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cracolândia, a estética do desvio


Cracolândia não existe por existir
É preciso que esteja ali

Ali são fabricados:

-não só viciados

Mas viciados, que afileiram as listas de beneficiados por programas sociais
Que que tem de errado?
Nada! Se não fosse superfaturado!

Viciados com plus "a mais". Redundante? Talvez, porém serei cortês:
Ovelhas para o rebanho religioso...
E para que serve o pastor?
Ora, para tosquiar!

E assim que a ovelha engordar, corta-se a jugular.

Cracolândia! quantas vezes me servi. Dos pulguentos hotéis que haviam ali. Da pedra que apenas me movia por outra pedra. Consciente de minha inconsciência. Meu lar, minha demência. Quantos boquetes provisionais precisei para meu desjejum. Quantas "barrigudinhas", solventes no debrum. Ahhhh Cracolândia, para onde rumam os zumbis de walking dead; I couldn't say so I set down to write it instead. Estupros, relações sem proteção, quantos filhos deixei?

Esta miríade de garotos e garotas propaganda! Fazendo programa.

E os aproveitadores. Ahhh meus queridos aproveitadores. E como se aproveitaram de mim! Era uma disneylândia. Meu corpo, minha mente, um parque de diversões.
Minha história passada e repassada na tv das donas de casa. Esse clichê-sarjeta tão irresistível. Meu espelho nos programas evangélicos da madrugada. Era o 'ismo' do coitadismo. Deixei-me levar. 

Todavia... um dia resolvi acordar.  Tinha cansado de ser cabo-eleitoral. Pior que a nóia, os políticos me faziam passar mal. Resolvi crescer. Ascender. Esquecer religião. Ganhar meu pão. Sem clínica, sem amigos. Só uma erva ao pior indício. Estar limpo, manter-se limpo. Na rara felicidade, na constante tristeza. Aguentar humilhação de cara limpa. Ser pisoteado, mas não recair para crescer. Em suma: -viver.

A rua é mais fácil. Não precisa lutar, basta cair. Basta fraquejar. Basta deixar-se levar.

A loucura destruiu esta geração. Engordou as burras dos maiores aleivosos, próditórios, e hipócritas que a sociedade teima em bajular. E como lambem o saco!!!

Liguem a teve! Contemplem os hipócritas. Os fingidores. Permitam que manipulem suas emoções, como eu permiti. É uma disneylândia.

Mas hoje não. Nem amanhã.

Brahms me salvou. Heidegger me salvou. O cloridrato de metadona me salvou.
Eu me salvei. Conseguir ver o mundo sem máscaras. Não permiti que me colocassem ali, naquele depósito de defuntos vivos. Crimes de bagatela, sexo sem preservativo. Crianças ao lixo. Não! A realidade é dura, e é preciso ser moído por esta dureza. Não dá pra aceitar o cabresto. O cabresto não! Nem por necessidade.

Cracolândia.

O sentimento de comiseração fabril da autocomiseração.

Cracolêndia.

Crack. Crack. Crack. A subserviência para a escravidão. Televisão. Reportagens, repórteres, reportando a mesmice. Manipulação. Defraudação. Os olhares compassivos e compreensivos dos homens e mulheres da tevê. Simplesmente não aguento mais.

Ah! Cracolândia, és eterna.

Só que eu saí da caserna. Cansei de ser assim. Cansei que falassem por mim. Bati a porta e não olho mais pra trás. Hoje tenho raiva. Como permiti?!

Cracolândia...
...um dia te destruirei como me destruí.
Por tudo o que passei.
Será feio, será horror. Chocante. Atroante.
Está na hora de corroer aquilo que corrói.
Ser implacável consigo mesmo. Secar a fonte. Na lâmina, na bala. Na violência se necessário.

Quando eu voltar, será para acabar com ti.








sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O segredo da vida

O segredo da vida:
O mundo é filho da puta. 

E saber viver,
é ser tão filho da puta quanto ele.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eu Universo

Quando morrer
Não morrei 
Universo serei...

Quando perder
Não perderei
Pois universo serei...

Digam ao meu filho
que não fui
Porque o universo conflui.

Para minha cria
Falem que creio
O universo no meio

Pois não escapo
Do conjunto de tudo o que existe
E que não fiquem tristes

Porquanto da poeira retornamos, à poeira tornamos
Onde há escuridão a luz medeia, em eterna cadeia
Do fóton ao Bóson de Higgs, 'legacy of Bigs'

Universo!

Estou ciente
Onipresente
Oniausente

Me entrego disposto
Mente sã, corpo morto
Para toda alegria
Receba-me em tua via

Deixo o que tenho que deixar para trás
Sem me importar mais
Pois o que é, será
E o que foi, também será
E tudo convergirá

Dê-me o lápis
Para que já possa começar
Sem me demorar...
 
A escrever o que há...             
No inverso do verso,
eis o "Universo"





quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Me apaixonei pela garota com nome de país Africano









Me apaixonei pela garota com nome de país Africano
Dela, descobri e vi
Revi, minhas saídas
Redescobri a vida.

Longe da Ásia, do mar caspiano
Volga, o rio que te envolve
Ural, pelo que foi acidental
Ah! Como arde o peito por não estar aqui.

Não bastassem as rimas, que não consigo rimar
O álcool que te embebe e queima teu cerne
Nosso intercurso parece não ter fim
Rezo ao Deus-Metafísica para que me dê um pouco mais de ti pra mim

Não seria assim
Mas me exaltei
Prostro em agradecimento ao Universo
Nosso coito dialético
Amor não platônico
Carnal, como o sexo a...

Me apaixonei pela garota com nome de país Africano
"eu te amo", "eu te amo"
'Viva' para todos os clichês
Loas a todos os michês
e demais puttas com dois 't's 

À Ti, descobri e vi
Por Ti, renasci
Para Ti, rejuvenesci. 

Meu derradeiro decano...

A garota com nome de país Africano

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pergunta

D. Promotor, solicito excusas a V.Sa. para lhe indagar o seguinte: O Procurador-Geral da República (o chefe dos Promotores de Justiça), nos crimes comuns e também nos de responsabilidade, será processado e julgado por quem? E por que?

Dedico esta pergunta ao Ministério Público de Santa Catarina, o único em todo país a ignorar o artigo 52, inciso II, da Constituição Federal.


C.S.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

...não existe() preservativos (um curto conto da paraconsistência)



 Dentro de um cofre havia um gato. Tinha também um bujão de gás (metano). Do lado de fora, não sabia se o pobre pet sobreviveria ou não. Obviamente não! Hermeticamente fechado, não teria ar suficiente. Outrossim: gás metano. Não há paraconsistência, o gato obviamente viria a morrer. 
  Paguei uma nota para arrombarem o cofre. "Cofre nazista". Bem, o gato sobreviveu, mas o maçarico esquentou demais o aço e quase cozinhou o pobre bichano. Além de fazer "bunito" para as entidades protetoras dos animais, descobri também que o metano não é explosivo. Como isso é possível?! Paraconsistência filho, paraconsistência...
  Aliás, o outro eu que narra esta história (o outro lado da para-c..., a que descobriu que metano é altamente inflamável pelo pior caminho), pode afirmar (com testemunho juramentado do gato), que no paraíso... 


  ...não existe() preservativos. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Capítulo XXVII - Réquiem (Parte Final)

1,2,3...

"Não tema, não se desespere;
Não é para sorver lágrimas.

Repouse e perceba a dor ir embora;
Siga o calor desta luz.

Não é como dizem;
Não lute, não resista.

Pois a morte é uma amiga;
Que esteve sempre aqui,
esperando por ti para levar-te embora"

3, 2, 1...

Fim e re-começo

Escrito e composto por Calibam